Poucos autores conseguiram a façanha de escrever
uma história tão cirúrgica no (vasto) campo da história das religiões quanto o
mestre Mircea Eliade.
O romeno – que já publicou diversos estudos no
supramencionado campo historiográfico – tem em “O sagrado e o profano: a
essência das religiões”, talvez, uma das suas maiores contribuições ao campo.
Trabalhando o diálogo entre o sagrado e o profano, Eliade busca no diálogo entre
o binário explicitar a relação presente entre ambos nas mais
diversas culturas religiosas.
Nas palavras do autor: “(...) Manifestando o sagrado, um
objeto qualquer se torna outra coisa, e, contudo, continua a ser ele mesmo,
porque continua a participar do seu meio cósmico envolvente. Uma pedra sagrada
nem por isso é menos uma pedra; aparentemente (com maior exatidão: de um ponto
de vista profano) nada a distingue de todas as demais pedras. Para aqueles a
cujos olhos uma pedra se revela sagrada, a sua realidade imediata transmuda-se
numa realidade sobrenatural. Por outros termos, para aqueles que têm uma
experiência religiosa, toda a natureza é suscetível de revelar-se como
sacralidade cósmica. O Cosmos na sua totalidade pode tornar-se uma hierofania”.
De leitura instigante e recheado de informações
fulcrais ao estudo das religiões, “O sagrado e o profano” é leitura obrigatória
a todos que desejam enriquecer seus conhecimentos no campo.
O sagrado e o profano: a essência das
religiões:
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