domingo, 19 de agosto de 2012

O sagrado e o profano na ótica de Mircea Eliade



Poucos autores conseguiram a façanha de escrever uma história tão cirúrgica no (vasto) campo da história das religiões quanto o mestre Mircea Eliade.
O romeno – que já publicou diversos estudos no supramencionado campo historiográfico – tem em “O sagrado e o profano: a essência das religiões”, talvez, uma das suas maiores contribuições ao campo. Trabalhando o diálogo entre o sagrado e o profano, Eliade busca no diálogo entre o binário explicitar a relação presente entre ambos nas mais diversas culturas religiosas.
Nas palavras do autor: “(...) Manifestando o sagrado, um objeto qualquer se torna outra coisa, e, contudo, continua a ser ele mesmo, porque continua a participar do seu meio cósmico envolvente. Uma pedra sagrada nem por isso é menos uma pedra; aparentemente (com maior exatidão: de um ponto de vista profano) nada a distingue de todas as demais pedras. Para aqueles a cujos olhos uma pedra se revela sagrada, a sua realidade imediata transmuda-se numa realidade sobrenatural. Por outros termos, para aqueles que têm uma experiência religiosa, toda a natureza é suscetível de revelar-se como sacralidade cósmica. O Cosmos na sua totalidade pode tornar-se uma hierofania”.
De leitura instigante e recheado de informações fulcrais ao estudo das religiões, “O sagrado e o profano” é leitura obrigatória a todos que desejam enriquecer seus conhecimentos no campo.

O sagrado e o profano: a essência das religiões:


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