Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não podemos classificar
a Idade Média como uma “Idade das Trevas”, e tampouco acreditar que o período
compreendido entre o século V e o século XV forma um todo homogêneo: se
afirmássemos isto estaríamos caindo num lamentável reducionismo histórico,
ignorando aspectos fulcrais do pensamento medievalista e de seu complexo
contexto.
Mais do que um período marcado pelo “obscurantismo”, devemos
encarar o medievo como uma primavera dos novos tempos (como já
diria Huizinga), visto que muito do processo que iria desencadear no surgimento
dos primeiros Estados Nacionais fora desenvolvido durante a Idade Média, bem
como uma miríade de outros fatores que, definitivamente, elevam o referido
período histórico muito acima da ultrapassada ideia de uma “Idade das Trevas”.
“Que seria da luz sem a escuridão?”
PS: dedico este post ao grande Josué Perini – historiador em
formação, blogger e, acima de tudo, um grande amigo!
Muito interessante.
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