domingo, 12 de agosto de 2012

Idade Média: primavera dos novos tempos?




Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não podemos classificar a Idade Média como uma “Idade das Trevas”, e tampouco acreditar que o período compreendido entre o século V e o século XV forma um todo homogêneo: se afirmássemos isto estaríamos caindo num lamentável reducionismo histórico, ignorando aspectos fulcrais do pensamento medievalista e de seu complexo contexto.
Mais do que um período marcado pelo “obscurantismo”, devemos encarar o medievo como uma primavera dos novos tempos (como já diria Huizinga), visto que muito do processo que iria desencadear no surgimento dos primeiros Estados Nacionais fora desenvolvido durante a Idade Média, bem como uma miríade de outros fatores que, definitivamente, elevam o referido período histórico muito acima da ultrapassada ideia de uma “Idade das Trevas”.
Devemos lembrar também que logo após a Idade Média temos o início da Idade Moderna – mas tendo sempre em mente que o avanço histórico se dá por processos, e não por rupturas como muitos erroneamente presumem.
Após esta breve introdução, posto agora o livro de Marc Bloch que retrata muito da estrutura, bem como das relações no mundo medieval.
E para fechar jogo a seguinte frase – que acredito que contextualiza muito do debate em questão sobre a relação entre a Idade Média e a Idade Moderna:

“Que seria da luz sem a escuridão?”

PS: dedico este post ao grande Josué Perini – historiador em formação, blogger e, acima de tudo, um grande amigo!

Marc Bloch - A Sociedade Feudal:



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